abr 9, 2019 | Extração de fumos, Processo de soldagem
Já comentamos aqui em nosso blog que os fumos de soldagem originados nos processos de solda são provenientes dos metais que estão sendo soldados e dos eletrodos que são fundidos em diversos processos.
Porém, é importante saber que os fumos de soldagem emitidos durante as operações de solda constituem um risco potencial para à saúde do soldador, principalmente em função dos diversos processos de soldagem (MIG/MAG, eletrodo revestido, arama tubular e outros) e dos materiais utilizados.
Mas além dos processos e dos materiais, muitos são os outros fatores que influenciam na quantidade de fumos de soldagem gerada. Conhece-los será essencial para definir as soluções mais adequadas de captação desses elementos perigosos.
Para conhecer esses fatores confira nosso post de hoje.
Como os fumos de soldagem são formados?
Os fumos de soldagem, constituídos em geral por partículas metálicas de 0,005 a 2µm de diâmetro, são formados a partir de vapores e gases que se desprendem das peças em fusão, que em contato com o oxigênio do ar, após resfriamento e condensação, oxidam-se rapidamente, formando os fumos de soldagem.
Esses vapores e gases que se desprendem das peças em fusão podem ser produzidos através de todos os elementos da soldagem, caso da superfície da peça, eletrodo, revestimento do eletrodo, substâncias adicionadas à solda, além do tipo de fluxos e da presença de óleos protetores.
Exatamente por isso é fundamental que exista conhecimento sobre os eletrodos e sobre os materiais que estão sendo utilizados no processo de soldagem. Somente assim será possível viabilizar a melhor tecnologia para captar esses fumos gerados, garantindo maior proteção à saúde do trabalhador.
Principais fatores que influenciam a quantidade de fumos de soldagem
O método de soldagem adotado e os materiais de soldagem são dois dos fatores que mais influenciam na quantidade de fumos de soldagem.
O primeiro fator é representado pelos variados processos de soldagem, que como já vimos neste conteúdo são muitos. Estes processos são capazes de exercer maior ou menor influência sobre a quantidade dos fumos gerada.
Neste sentido, pode-se dizer que fumos gerados nos processos eletrodo revestido (MMA) e arame tubular (FCAW) contêm alta proporção dos metais oriundos do revestimento dos eletrodos e do fluxo dos arames consumíveis. Assim, muito pouco é gerado pelo metal de adição propriamente dito.
Quando originados pelos metais a composição química depende dos metais utilizados. Por exemplo, caso o metal seja aço, os fumos originados possuem grandes concentrações de ferro e menores concentrações dos demais metais formadores da liga. Esses metais presentes dependem do tipo de aço (manganês, cromo, níquel, zinco – presentes em altas concentrações em peças galvanizadas).
Os fumos originados do eletrodo são em maior concentração quando utilizados os do tipo MAG, MIG e comum. Já no consumo do eletrodo TIG a quantidade dos fumos de soldagem gerados é comparativamente bem menor.
Vale lembrar que cerca de 90 a 95% dos fumos de soldagem se originam de consumíveis de soldagem escolhidos. O restante surge do material de base.
Demais fatores que influenciam na formação dos fumos
Além do tipo de soldagem e dos materiais utilizados no processo, a quantidade formada de fumos de soldagem costuma depender de muitos outros fatores. São eles:
Corrente e tensão
Estudos realizados na área já constataram que o aumento da corrente elétrica e da tensão no eletrodo são fatores que podem contribuir para o aumento da exposição do soldador aos fumos de soldagem.
Segundo os estudos, quanto mais altos os valores para a corrente de soldagem e tensão de soldagem, maior será a quantidade de fumos de soldagem gerada.
Tipo de corrente
Em processos de soldagem o uso da corrente alternada (AC) é caracterizado por produzir maiores emissões do que a corrente continua (DC).
Circunferência dos eletrodos
Quanto maior for o diâmetro do eletrodo utilizado, maior será a quantidade de fumos de soldagem produzidos.
Tipo de revestimento utilizado
A substância com a qual o eletrodo é revestido é um dos fatores que mais afeta na formação dos vapores de soldagem e por isso precisam ser consideradas.
Os eletrodos revestidos de rutilo (ocorrência natural do mineral dióxido de titânio – TiO2), por exemplo, desenvolvem a menor quantidade de fumos de soldagem, enquanto os eletrodos revestidos de celulose são responsáveis por produzir uma maior quantidade de emissões de substâncias nocivas.
Passo do eletrodo
Se o passo do eletrodo for plano, menores quantidades de fumaça de soldagem são criadas, já ângulos de ataque mais acentuados aumentam a quantidade de fumaça gerada.
Presença de óleos e outras substâncias nos materiais soldados
A presença de óleos e demais substâncias presentes no material a ser soldado são responsáveis por aumentar significativamente a quantidade de fumos de soldagem gerados, por isso precisam ser sempre considerados.
Aproveite este conteúdo e saiba como utilizar corretamente – em com segurança – os equipamentos de soldagem.
abr 2, 2019 | Informativos, Processo de soldagem
O setor industrial vem passando na última década por mais uma revolução industrial, popularmente conhecida como indústria 4.0. Nessa revolução, todos os setores industriais adotam um elevado avanço tecnológico.
Mas você sabia que a soldagem robotizada representa um ramo industrial que também é resultado da Indústria 4.0?
Com a indústria 4.0, todas as etapas da soldagem industrial são minuciosamente planejadas, executadas e facilmente controladas, sempre com a máxima eficiência das operações.
Com o advento da indústria 4.0 o soldador será auxiliando por um eficiente sistema que oferece maior automação de todo o processo de solda, onde os trabalhos serão realizados por robôs, criando a soldagem robotizada.
Saiba então como a indústria 4.0 vem influenciando positivamente sobre a soldagem e quais serão os benefícios da soldagem robotizada para o futuro das indústrias.
Indústria 4.0: Conceito e oportunidades dessa revolução industrial
Também conhecida como 4ª Revolução Industrial, a Indústria 4.0 surgiu em meados de 2010, sendo caracterizada por apresentar um impacto muito mais profundo e exponencial à produção, com potencial de transformar vários processos em diversificados ramos.
O principal foco do conceito da indústria 4.0 é promover maior comunicação entre máquinas, aumentando assim, a produtividade e a eficiência das operações. Para isso, são usadas redes inteligentes capazes de controlar os módulos da produção de forma autônoma e inteligente.
A 4ª Revolução Industrial é marcada também pela completa descentralização do controle dos processos produtivos, com uma intensa proliferação de dispositivos inteligentes interconectados.
Com isso, as fábricas que serão mais inteligentes, terão maior capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não planejadas na produção.
Muitos são os setores promissores para adotar esses conceitos, tais como a indústria farmacêutica, agroindústria (via agricultura 4.0), construção civil, construção naval, indústria metalúrgica e indústria logística, dentre muitas outras.
Portanto, a empresa que optarem por não adotar os conceitos da indústria 4.0 devem ficar atentas, pois sem priorizar a máxima produtividade, a tendência será uma perda constante em competitividade.
Indústria 4.0 e sua influência na soldagem robotizada
Como visto, muitos são os setores industrias que já fazem uso das funcionalidades da Indústria 4.0. Mas é importante citar que boa parte destes setores necessitam da soldagem para a realização de muitos de seus processos, por isso, essa é também uma área que está rapidamente se modernizando.
Hoje em dia, já são muitas as empresas (de grande, médio e pequenos portes) que dispõe de células robotizadas para realizar seus processos de soldagem. Com essas células, cada processo será muito mais seguro para o soldador, além de mais econômico, ágil e produtivo para a indústria.
Por meio da indústria 4.0, o soldador terá a sua disposição uma tela que o auxiliará a realizar todo o passo a passo da soldagem com uma eficiência muito maior. Dessa forma, todo o controle dos parâmetros da solda será realizado em tempo real, com o soldador tendo a função de somente acompanhar o procedimento e garantir bom funcionamento da máquina.
Todo o procedimento “pesado” será inteiramente realizado por equipamentos de soldagem robotizada, com muito mais eficácia, qualidade do cordão e maior segurança do processo.
Por que migrar para a soldagem robotizada?
No ramo industrial, qualidade e produtividade são sempre essenciais. Por isso, para permanecerem competitivas as empresas buscam cada vez mais aumentar a produtividade e minimizar custos com retrabalho, também precisam manter baixos os custos com o processo de fabricação.
Assim, migrar para um sistema de soldagem robotizada significa atingir boa parte desses objetivos.
Mas, apesar de ser uma tendência bastante clara dentro do conceito de indústria 4.0, migrar para a soldagem robotizada requer consideração e um bom planejamento por parte da indústria para que o sistema funcione da forma mais eficiente, produtiva e rentável possível, afinal, o investimento nesses equipamentos são relativamente alto!
Felizmente, os benefícios no curto e longo prazo da adoção de um sistema de soldagem robotizada tendem a ser muito positivos. Dentre os benefícios da soldagem robotizada aliada aos conceitos da indústria 4.0, pode-se citar:
- Maior qualidade das peças soldadas;
- Maior integração entre os equipamentos;
- Possibilidade de alterar parâmetros e processo de soldagem, caso necessário;
- Maior rentabilidade em peças seriadas, já que um software permite salvar os programas e consequentemente usá-los mantendo um padrão para algum processo específico de soldagem;
- Reduz o tempo de operação e a incidência do erro humano
Equipamentos acessórios essenciais para a soldagem robotizada
Como citado anteriormente, a soldagem robotizada é uma tendência dentro da indústria 4.0 que está se confirmando, devido principalmente aos seus importantes benefícios. Mas, para que ela tenha a eficiência desejada em todos seus aspectos, é importante que a indústria pondere o uso de alguns acessórios fundamentais.
Um desses acessórios são as coifas modulares, caracterizadas como sendo a solução perfeita para a captação de fumos de solda em equipamentos de soldagem robotizada.
Essas coifas realizam a captação perimetral dos poluentes por meio do enclausuramento dos equipamentos de solda, sempre de acordo com as normas específicas, tais como a NR 09, NR 12 e NR 15.
Neste sentido, a Treal oferece aos seus clientes a Coifa Modular TR-Flex.
Essa linha de equipamentos foi desenvolvida para atender diversos tamanhos de células de soldagem robotizadas, realizando a sucção dos fumos através de captores laterais, tornando a exaustão eficiente em todo o perímetro dimensionado.
Com essas coifas, há total proteção de colaboradores envolvidos diretamente com o processo de soldagem. Portanto, se você pensa na adoção da soldagem robotizada, pondere também adquirir coifas modulares, com a Coifa Modular TR-Flex.
A indústria 4.0 é uma das grandes responsáveis pela maior produtividade da soldagem. Mas há outras formas, quer conhece-las? Então confira este conteúdo.
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