Quem trabalha com processos de soldagem já sabe que diversos são os tipos de metal que podem serem utilizados, sendo que cada um deles necessita de uma técnica de soldagem diferente. Esse é o caso do alumínio, que perde somente para o aço em consumo.

Geralmente, os processos de soldagem em alumínio não são complicados de se fazer, devido principalmente às várias virtudes desse metal. O alumínio é um metal muito leve, apresenta baixa capacidade de corrosão, facilidade de moldagem e muitos outros benefícios.

Porém, mesmo estando entre os processos de soldagem mais simples, é sempre importante conhecer a composição, classificação e, como preparar uma peça de alumínio para o processo de soldagem. Somente assim, a soldagem será bem-acabada, segura e eficaz.

Quer entender como trabalhar o alumínio nos processos de soldagem? Então veja nosso post de hoje.

Tipos e vantagens do uso do alumínio na soldagem

Para que seja trabalhado em processos de soldagem, o alumínio costuma ser classificado em 4 categorias que se dividem de acordo com a quantidade de impurezas que ajudarão na escolha do tipo de soldagem a ser utilizado.

A tabela a seguir apresenta como se dá essa classificação, além de mostrar como é a utilização dos tipos de alumínio:

Como já citado, o alumínio é o segundo metal mais utilizado nos processos de soldagem, estando somente atrás do aço. Esse elevado uso do alumínio se dá em razão de muitas de suas vantagens, entre elas pode-se citar:

  • É um metal muito leve;
  • Não corrói facilmente;
  • Apresenta fácil moldagem;
  • Possui alta resistência;
  • Alta condutividade elétrica e térmica.

Como escolher o processo de soldagem com alumínio mais adequado?

Assim, como ocorre com a grande maioria dos metais, a soldagem do alumínio consiste basicamente em unir dois componentes metálicos (o alumínio e outro gás inerte) através da fusão de ambos.

Dessa forma, o alumínio e suas ligas somente serão soldados satisfatoriamente se ocorrer uma adequada escolha da liga de adição. Para isso, deve-se utilizar técnicas apropriadas, que devem se basear na espessura do material, tipo de cordão de solda, requisitos de qualidade, aparência e custo.

Mas, independentemente da técnica adotada, é fundamental que o soldador tenha conhecimento sobre os processos de soldagem adotados, além de priorizar o local sempre limpo e longe de qualquer problema que afete a soldagem e principalmente sua segurança.

Processos de soldagem para alumínio: 2 são os mais comuns

O desenvolvimento de métodos ligados aos processos de soldagem do alumínio e suas ligas abriu um novo segmento em diversas aplicações, caso de pontes, construções, e fabricação de veículos de transportes, caso de embarcações, trens e automóveis.

Assim, como já foi dito, muitos são os processos de soldagem do alumínio que podem ser adotados. Os mais modernos visam proteger o alumínio líquido com um gás inerte (argônio ou hélio), sendo que dois dos processos mais comuns: O MIG e o TIG, descritos a seguir:

Processo de Solda MIG (Metal Inert Gas)

A soldagem MIG é caracterizada por ser um processo em que o arco elétrico – obtido por meio de uma corrente contínua – é estabelecido entre a peça e um arame ou liga de alumínio, que combina as funções de eletrodo e metal de adição, numa atmosfera onde há a presença de um gás inerte.

No processo MIG o eletrodo é sempre o polo positivo do arco elétrico. Além disso, quando se utiliza as versões automática e semiautomática, é possível soldar o alumínio tanto em espessuras finas, com cerca de 1,0 mm, até espessuras sem limite.

Assim, como no processo TIG (que discutiremos em seguida), no MIG, o gás inerte protege a região do arco contra a contaminação atmosférica durante a soldagem. Assim, nos processos de soldagem MIG do alumínio faz-se uso dos gases argônio e hélio, além da mistura de argônio/hélio.

Processo de solda TIG (Tungsten Inert Gás)

Dentre os processos de soldagem conhecidos, o processo TIG é o mais aplicado na soldagem das ligas de alumínio, sendo inclusive o primeiro a ser desenvolvido com proteção de gás inerte adequado exclusivamente para soldar o alumínio.

Na soldagem TIG, o arco elétrico é estabelecido entre um eletrodo de tungstênio – caracterizado por ser não consumível – e a peça, também numa atmosfera de gás inerte.

Neste processo, o arco elétrico pode ser obtido por meio de corrente alternada (CA), corrente contínua (CC) e eletrodo positivo ou corrente contínua e eletrodo negativo.

É consenso entre especialistas que os processos de soldagem do alumínio são bastante simples para soldadores, desde que as técnicas sejam bem escolhidas e realizadas corretamente. Dessa forma, as dificuldades durante o trabalho costumam ser reduzidas.

Para conhecer os processos de soldagem mais comuns e seus respectivos cuidados, veja este post exclusivo.

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